terça-feira, 28 de dezembro de 2010



Tua ausência se fez presente e tua presença ausente se fez
Fez-se em mim ferida
Depois de tua partida
Que levou parte de mim
Meus móveis já imóveis de esperar tua chegada
Meus cabelos ainda soltos esperando inda o afago de tuas mãos
Meu olhar que espera tua entrada por minha porta
Esperando a qualquer hora
Esperando te encontrar
Por qualquer rua, em qualquer lugar
Os beijos teus minha boca espera
E os meus guardados somente para te dar

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010






Estou cansada de frases óbvias
Das mesmas músicas antigas
Que para casa eu só traga a fadiga
De mais um dia igual
Estou cansada de andar apressada
Sem chegar a lugar algum
Cansada dos mesmos erros
Desses dias que parecem nunca acabar
Ando tão desgastada quanto a sola de meus sapatos
Ando tão entediada quanto um náufrago
E tão sem fuga quanto este
Meu relógio já não marca mais as horas
Está sempre parado
Exausto de lutar
Mas este mês tão longo
Logo se desgastará
A cada dia que se passa
O calendário se despedaça
O tempo não pode parar.